quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A precisar de voar...

Ainda não chegou ao fim esta etapa, mas para mim é quase como sejá estivesse encerrada...
Sede de mais, mais qualquer coisa. Ansiedade para traçar um rumo novo, mais um, melhor que o último que desenhei. As portas estão todas abertas, as opções aparentemente são mais que muitas. Afinal o mundo, ninharia do universo, afinal o mundo ainda é bem grande, cheio de coisas, de lugares, de gentes, de silêncios, de ruídos, de cheiros, de sorrisos e lágrimas. É rico. É cheio de coisas.
E eu quero voar.
Nem que seja no meu canto de sonho. Nos devaneios que afinal não existem só aos treze ou catorze anos. São os mesmos devaneios, talvez um pouco mais refinados.
Vou voar. Num mundinho meu... mais pequeno que o mundo dos meus sonhos, mas ainda assim um mundinho.
As raízes são uma treta. Não se vêm, mas estão lá. Fico ancorada em mim, à espera que eu mesma resolva levantar ferro e remar o meu mundinho pelo mundão das outras gentes. E nessa espera, a tristeza invade-me numa lágrima que me traz à realidade dizendo-me que sou e serei fiel às minhas raízes, ao meu ancoradouro.
É uma escolha consciente e talvez por isso dolorosa. Conformo-me com susurros de um amanhã que ainda pode chegar, uma esperança vã que o mundão arraste o meu mundinho e que eu simplesmente possa negar responsabilidade nisso. pode acontecer, não pode?
Não, não pode. Esta é a minha poitada e é aqui que quero e que vou ficar.
Um mundinho sem raízes definha. Sem âncora, bolina e perde-se.

Mas meu amor, uma coisa te juro - quando quiseres voar, estou pronta. E não tenhas pressa, que vou estar sempre por inteiro junto de ti. O meu mundinho é teu...

MP

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