quarta-feira, 27 de dezembro de 2006
Sentindo um misto de desânimo e de coragem, um misto de
querer o sol de amanha e de abraçar já a eternidade toda.
Desalento. Realidade. Ideais mutantes.
Sinto a mente dorida de tanto andar... correr... cair...
levantar logo. Logo cair.
Mas estou tao serena hoje. Esta noite...
Tenho o sobrolho franzido por olhar o infinito que me
corre nas veias.
Sinto-me toda. E sinto-me volátil... expandindo-me num eu
que não sei onde principia nem acaba.
Tarzoa.
terça-feira, 28 de novembro de 2006
DE-LÍRIOS
Campos de lírios, lírios de cor roxa e profunda.
Delírios trementes por todo o meu corpo convulso
Lírios como penas leves que valem a pena por isso mesmo,
Porque são lírios roxos, nada mais que lírios.
Campos intocáveis, apenas até serem tocados
Por toques proibidos, apenas enquanto refreados.
Devaneios, ai! Devaneios!
Quero deitar-me nesse campo de lírios
Quero defraudar livremente os meus delírios
Ser uma liberdade só.
Como um lírio roxo que não sai do lugar
Mas que se espraia ao sol e ao vento
E se esgota em fantasias
Tão reais como um grito de gozo profundo
E quando a noite chegar
E quando o vento se for,
E o perfume dos lírios se esgotar,
O meu corpo terá os cheiros intensos
Do silêncio dos campos de lírios roxos,
Onde querendo sem querer
Deitei os delírios que não devia ter.
TARZOA.
Oh...
Querer-te!... Só por querer... Só porque é tão bom!… Só porque um abraço faz milagres.
Só sentir o teu cheiro. A tua pele na minha pele, corpo a corpo, no silêncio perfeito.
Não preciso de mais nada, nem de mais ninguém.
Não sei as horas nem para onde é nascente.
Perco-me nos teus braços e sinto-me tão viva! Consigo ouvir-me feliz como nunca antes...
E tu? Sentes?
Sentes-me?
Oh… estivesses tu aqui…
TARZOA
segunda-feira, 27 de novembro de 2006
ATÉ...
TARZOA.