terça-feira, 28 de novembro de 2006

DE-LÍRIOS

Campos de lírios, lírios de cor roxa e profunda.
Delírios trementes por todo o meu corpo convulso
Lírios como penas leves que valem a pena por isso mesmo,
Porque são lírios roxos, nada mais que lírios.
Campos intocáveis, apenas até serem tocados
Por toques proibidos, apenas enquanto refreados.
Devaneios, ai! Devaneios!

Quero deitar-me nesse campo de lírios
Quero defraudar livremente os meus delírios
Ser uma liberdade só.
Como um lírio roxo que não sai do lugar
Mas que se espraia ao sol e ao vento
E se esgota em fantasias
Tão reais como um grito de gozo profundo

E quando a noite chegar
E quando o vento se for,
E o perfume dos lírios se esgotar,
O meu corpo terá os cheiros intensos
Do silêncio dos campos de lírios roxos,
Onde querendo sem querer
Deitei os delírios que não devia ter.


TARZOA.

Oh...

Querer-te!... Só por querer... Só porque é tão bom!… Só porque um abraço faz milagres.
Só sentir o teu cheiro. A tua pele na minha pele, corpo a corpo, no silêncio perfeito.
Não preciso de mais nada, nem de mais ninguém.
Não sei as horas nem para onde é nascente.
Perco-me nos teus braços e sinto-me tão viva! Consigo ouvir-me feliz como nunca antes...

E tu? Sentes?

Sentes-me?

Oh… estivesses tu aqui…

TARZOA

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

ATÉ...

Só queria fechar os olhos para sempre e esquecer todos os fracassos que vilmente ornamentam a minha vida. Apago-me dia a dia, diluo-me nas minhas entranhas, sugo o sangue das minhas veias. Apago-me nas minhas lágrimas, envolvo-me na mortalha da minha alma e desço à tumba dos sonhos que sonhei e deito-me com todos eles, numa orgia dissimulada em gemidos orgásmicos de dor, como se de punhaladas se tratassem. E fodo com todos os meus sonhos até ficar sem força, a arfar, até não ter mais suor para lamber e mais nada para me foder!...


TARZOA.